terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Entrevista

O artista potiguar, Fábio Eduardo, começou a\ brincar com pinceis ainda criança, aos seis anos, no Jardim da Infância do Padre Thiago (Thielsen). Aos poucos teve despertado o gosto pela aquarela, a tinta guache e o lápis de cor, pintando livros de colorir.

Trazia material para praticar em casa, mas foi no primário, que os professores observaram sua inclinação para a Arte. Depois do concurso Grande Mural da Cidade da Criança, realizado em 1979, aos nove anos, sentiu-se mais motivado a prosseguir na carreira de artista plástico.

Sua madrinha trabalhava com Levi Bulhões na UFRN e foi ela que o incentivou ao amadurecimento gradativo junto ao próprio Bulhões. Quando ingressou no Instituto Ary Parreiras, durante as aulas de Educação Para o trabalho, Fábio experimentou com técnicas como tecido, vitrais e estampa em serigrafia.

Já no Colégio Augusto Severo, travou contato com nomes admirados do Atelier Central - Jomar Jackson, Jair Peny, entre outros. No atelier, passou a ler e pesquisar História das Artes Plásticas.
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Admirador de Dorian Gray, “quando passava perto da Praça das Mães e via aquele painel dele”, também admirava Newton Navarro, conhecendo artistas de renome das outras gerações e visitando exposições de Tomé, Diniz Grilo e seu “Surrealismo Regional”.

Nessa entrevista, ele fala sobre a chance de, finalmente, estar sendo reconhecido em outra região.

Como você define hoje o seu trabalho?
Venho buscando uma linha contemporânea, mas sem deixar de beber nas fontes do folclore nordestino, dando roupagem nova a ele, uma estampa nova aos personagens, às roupas. Algo mais contemporâneo.

Como você define o seu estilo de pintar?
Tenho vários estilos: um pouco de futurismo, do cubismo, do neoclássico. Meus quadros lembram o Naïf, por causa da estilização que dou aos meus personagens, o que confere um ar de boneco a eles. Busco a cada dia uma linha contemporânea, mas que não deixe de beber nas raízes do Folclore Nordestino.

O que você gostaria de ver como fato novo nas Artes do Rio Grande do Norte?
Esse primeiro passo: da arte da gente ir lá pra fora. Temos artistas muito bons aqui em Natal. O que está faltando é isso: expor em Brasília, São Paulo, nos grandes centros. Que os órgãos do Governo promovam excursões dos artistas locais.

Matéria publicada no Diário de Natal, em 23 de junho de 2006.

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